264 – Recursos humanos X recursos voluntários
Você sabia que o RH (recursos humanos), gestão de gente, treinamento, desenvolvimento ou outro nome que venham a dar para esta área nas empresas perde tempo e oportunidade em não adotar o voluntariado como uma ferramenta de treinamento?
Se não sabia agora está sabendo. É uma perda de oportunidades de estimular o trabalho voluntário e trabalhar em conjunto com a área de sustentabilidade, ESG ou Responsabilidade e Social e colocar em pauta o voluntariado como ferramenta de preparo dos colaboradores.
Óbvio que não estou aqui incentivando o uso desta ferramenta somente pela possibilidade de capacitação, mas sim é uma das possibilidades, que deve ser pensada em ser colocada em prática visto sua eficiência, seu caráter humanitário e seus resultados, tanto para quem o pratica, como para quem o recebe.
O aprendizado pelo trabalho voluntário se dá de forma anônima, não precisamos dizer o que estamos ensinando, precisamos fazer e depois colher os resultados, mas esses resultados serão diversos, os colaboradores terão o aprendizado e a satisfação de ter participado de uma ação social, quem receberá as atividades, terão a alegria de ter recebido algo que precisavam, o exemplo de pessoas que deixam seus afazeres para cuidar um pouco do próximo.
A sociedade ganha, pois terá pessoas melhores e preocupadas com o outro e uma real visão da sociedade em que estamos inseridos e as empresa também ganham com o reforço de marca, na mudança de visão dos colaboradores em relação a empresa e na execução de parte do seu programa de ESG, tão propagado hoje no ambiente corporativo.
Ainda importante lembrar que o trabalho voluntário por si só já traz conceitos importantes para a cultura das empresas, como a igualdade de gênero, inclusão, respeito a diversidade, combate o etarismo, o racismo, entre muitos outros.
Posso ainda citar um dado importante para a maioria das empresas, o investimento, que é bem menor quando se utiliza desta ferramenta, do que outro qualquer tipo, como palestras, oficinas, cursos etc.
É possível agregar ainda viagens de incentivo ao trabalho voluntário, que tal ir para uma comunidade exercer uma atividade social ao invés de ir para Las Vegas? Pode parecer utópico, mas é possível, desde que a empresa deixe claro seus valores para seus colaboradores.
Portanto utilizar esta ferramenta é uma ação de ganha/ganha, onde temos somente vencedores.
Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), Consultor especialista em voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar desde 2000, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, CEO da empresa de consultoria R. R. Desenvolvimento e Transformação Humana LTDA e do VOL, porta voz pela ONU, Associado da VRS Consult da Guatemala, prof. de Voluntariado da PADLA University- México e Consultor acreditado por Empresability . @roberto.ravagnani